Resultado final do trabalho – As fotos

Como não poderia deixar de ser, aqui estão algumas fotos dos editoriais feitos a partir das peças criadas durante o trabalho de conclusão.

 

O Pé de Zimbro

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Fernanda-amarela

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Fotógrafo: Sérgio Cueto de Rezende
Modelo: Fernanda Dias
Maquiagem: Sophia Cueto
Produção: Paula Othero

 

Rumpelstiltskin

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Fotógrafo: Sérgio Cueto de Rezende
Modelo: Fernanda Dias
Maquiagem: Fernanda Dias
Produção: Paula Othero

 

A Branca de Neve

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Fotógrafo: Sérgio Cueto de Rezende
Modelo: Fernanda Dias
Maquiagem: Fernanda Dias
Produção: Paula Othero

 

Cinderella

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Carouu-Vertical

Fotógrafo: Sérgio Cueto de Rezende
Modelo: Carollina Dupin
Maquiagem: Sophia Cueto
Produção: Paula Othero

 

Hansel e Gretel

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Fotógrafo: Sérgio Cueto de Rezende
Modelo: Carollina Dupin e Tais Ferreira
Maquiagem: Cecília Carvalho e Sophia Cueto
Produção: Paula Othero e Cecília Carvalho

 

Mãe Hulda

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Fotógrafo: Sérgio Cueto de Rezende
Modelo: Fernanda Dias e Thais Ferreira
Maquiagem: Fernanda Dias e Sophia Cueto
Produção: Paula Othero e Cecília Carvalho

 

A Pequena Sereia

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Fotógrafo: Sérgio Cueto de Rezende
Modelo: Fernanda Dias
Maquiagem: Sophia Cueto
Produção: Paula Othero


… e viveram felizes para sempre.

 

 

Acabou. E foi muito melhor do que eu poderia esperar.

Depois de 5 anos de curso atrasado e tanta reclamação eu finalmente fechei o ciclo assustador que é o TCC. Chegou um momento que eu já nem sabia mais o que estava fazendo lá, mas não deixar a peteca cair é essencial, certo? =)

Obrigada de coração à todos que foram na exposição, ela encheu e foi tudo tão lindo graças a vocês (e aos cupcakes que estavam lindos e deliciosos :B). Aos que não puderam ir mas deram seu jeito de se fazer presentes, mesmo que distantes e ligaram ou mandaram mensagens no celular, facebook, twitter, sinal de fumaça, telegrama e pombo correio.

Não dá pra não agradecer a quem esteve lá pra me ouvir e ajudar nas idéias, pra sair comigo quando eu podia, pra me desestressar e pra me colocar na linha quando precisava produzir. Obrigada SEMPRE a quem esteve do meu lado quando eu mais precisei, quem me aguentou chorando e me deu colo, quem me sacudiu quando pensei em desistir e ainda me encorajou, acreditando na minha competência e no meu trabalho. Obrigada pela consideração, pelo esforço, pela ajuda e pelo suporte. Principalmente nessa reta final que foi tão difícil pra mim. Consideração e carinho vem espontaneamente e eu não poderia ser mais feliz tendo vocês comigo.

Tinha muito mais coisas pra falar, mas não consigo pensar direito ainda. MUITO OBRIGADA de coração.

 

(esse post será editado infinitas vezes, aparentemente)


Rumpelstiltskin e a Enganação

“Uma razão para que a mentira possa persistir como uma estratégia em ambientes sociais é que não é a comparação dos fatos contra alguma noção de verdade, mas em vez disso, a avaliação de se uma traição da confiança aconteceu ou não, que determina a resposta a uma mentira.”

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Esse conto, também registrado e publicado pela primeira vez pelos irmãos Grimm, tem início com um homem que diz ao rei que sua filha conseguia fiar palha em ouro. O regente, ganancioso como era, ordenou que a moça fosse levada até ele e a colocou em um quarto cheio de palha e um fuso sob o aviso de que se pela manhã ela não tivesse fiado toda a palha do aposento, seria morta. Eis que aparece a figura de Rumpelstiltskin, um pequeno e deformado gnomo que oferece fias toda a palha desde que a moça lhe dê algo em troca. O rei, ao ver toda a palha transformada em ouro transfere a jovem para um cômodo maior, com mais palha para ser fiada e novamente o pequeno homenzinho a ajuda recebendo outra coisa em troca. Na terceira noite, já não tendo mais o que oferecer, a moça aos prantos implora que o gnomo a ajude, pois não queria morrer e ele diz que a ajudaria mas em troca, quando o primeiro filho dela nascesse, ela o daria para ele e a moça mais que rapidamente concordou. O rei a tomou como esposa e, depois de algum tempo, já esquecida do acordo com  Rumpelstiltskin, dá a luz a uma criança e tamanho foi seu susto quando o pequeno demônio apareceu para busca-lo. A rainha, disposta a desfazer o contrato à todo custo, recebe o desafio do homenzinho que diz que se ela descobrisse seu nome ela estaria livre do acordo e não mais levaria o bebê. O desfecho da história se dá quando um soldado o vê cantarolando e dançando em volta de uma fogueira, cantando vitória e gritando aos quatro ventos seu verdadeiro nome e o homem mais que rapidamente dirigiu-se até a rainha e lhe contou o que ouvira. Ela surpreende o duende ao falar o nome secreto e ele fica tão irritado que se parte em dois e desaparece.

A mentira (ou enganação) é base logo para o começo da trama, quando o pai da jovem, querendo se exibir para o rei, inventa uma habilidade absurda para a filha e põe a vida dela em risco caso o imperador descobrisse a farsa e segue tomando uma outra face, quando a rainha, disposta de todas as formas a quebrar o acordo, tenta ludibriar o pequeno demônio. Cashdan reforça a mentira como uma prática que, apesar de não ser boa, é muito comum.


Hansel e Gretel e a Gula

“Segundo tal visão, esse pecado também está relacionado ao egoísmo humano: querer ter sempre mais e mais, não se contentando com o que já tem, uma forma de cobiça.”

 

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Hansel e Gretel, conhecido no Brasil por João e Maria, é um conto registrado pelos irmãos Grimm que narra a aventura de dois irmãos que tem de superar o abandono, a fome e uma bruxa para sobreviver.

A mulher, deparando-se com a condição miserável na qual vivia com o marido e os dois enteados, preocupada em não terem o que comer, sugere ao marido que abandonem os dois filhos na floresta, então não teriam que se preocupar em dividir o pouco que tinham para se alimentar. O homem resiste, mas acaba cedendo à idéia maligna da esposa e eles abandonam os dois na floresta, depois de duas tentativas que fracassaram pois os filhos conseguiram achar o caminho de volta.

Perdidos por dias na floresta, sem ter o que comer, eles se deparam com uma casa feita de doces e sem pensar duas vezes se deliciam com pedaços da janela e do telhado quando são surpreendidos pela bruxa, dona da casa. Ela prende Hansel em uma gaiola, a fim de engordar o garoto para come-lo depois, e fez de Gretel sua criada, encarregando-a de todo o serviço pesado da casa. Os dois irmãos bolam um plano e conseguem se livrar da bruxa, prendendo-a no forno e fugindo para longe da casa. A história termina com os dois atravessando um rio com a ajuda de um pato e finalmente retornando para a casa de seu pai onde a madrasta já não se encontrava mais.

Os elementos de gula são apresentados, inicialmente, pelos impulsos egoistas da mulher, sugerindo que se livrassem das crianças para terem mais comida para ela e o marido e segue quando os dois irmãos, mesmo saciados dos pedaços da casa da velha, continuam comendo, despertando então a atenção da bruxa.


Era uma vez… um livro cheio de figuras

 

Após ganharem suas versões escritas e impressas, os contos de fadas foram complementados por ilustrações variadas no decorrer dos anos. As ilustrações retratam momentos marcantes das histórias e enriquecem as narrativas que inspiram desenhistas até hoje.

Arthur Rackham

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Edmund Dulac

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Warwick Goble

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Kay Nielsen

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Anne Anderson

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Walter Crane

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Gustave Doré

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Mother Hulda e a Preguiça

“O preguiçoso, conforme o senso comum, é aquele indivíduo avesso a atividades que mobilizem esforço físico ou mental. De modo que lhe é conveniente direcionar a sua vida a fins que não envolvam maiores esforços.”

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Mother Hulda é um conto do folclore alemão publicada pela primeira vez pelos Irmãos Grimm em 1812 que conta a história de uma viúva e suas duas filhas, uma de sangue e uma adotiva. A filha adotiva era bela e laboriosa, responsavel por todas as tarefas da casa, enquanto a outra, favorecida pela mãe, era feia e preguiçosa. A filha trabalhadeira se encontra com a figura da Mãe Hulda depois de cair dentro de um poço e fica morando com a velha durante algum tempo, ajudando-a com quaisquer tarefas que lhe fossem passadas, mas acaba sentindo falta de casa e pede para que a bruxa a deixasse ir. A velha compreende a moça e, como ela havia sido tão prestativa, indicou-lhe o caminho de volta e lhe deu um banho de ouro como agradecimento. Ao chegar em casa, conta a história para a madrasta que trata de fazer a filha preguiçosa pular no poço a fim de se encontrar com a velha para que ela também fosse banhada em ouro. Ela não realiza as tarefas que Mãe Hulda lhe passava como deveria e, ao ir embora, tomou um banho de piche que não desgrudava de seu corpo não importando quão forte se esfregasse.

O autor resgata a mensagem de que trabalho duro será reconhecido e devidamente recompensado e lembra que os valores sobre labor e prestatividade eram fortemente passados para as crianças. O pecado é apresentado de forma clara através da filha não prestativa e reforça que a preguiça é um caminho que não leva à conquista nenhuma.


Era uma vez… um Vídeo Clipe

Seungri – VVIP

Gwen Stefani – What You Waiting For?

Oomph! – Labyrinth

Aerosmith – Sunshine

Kerli – Tea Party

Avril Lavigne – Alice Underground

Rammstein – Sonne

Evanescence – Call Me When You´re Sober

Tarja Turunen – Walk Alone

Paramore – Brick by Boring Brick

Tommy Heavenly6 – Paper Moon

Green Jello – Little Pig, Little Pig


A Pequena Sereia e a Luxúria

“A luxúria (do latim luxuriae) é o desejo passional e egoísta por todo o prazer sensual e material. Também pode ser entendido em seu sentido original: “deixar-se dominar pelas paixões”.”

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A Pequena Sereia de Hans Christian Andersen é um pouco diferente da versão amis conhecida, produzida e animada por Walt Disney. A filha mais nova do Rei dos Mares anseia por anos até que finalmente fosse à superfície saciar sua curiosidade sobre o mundo humano. Impede que um jovem príncipe se afogue e se apaixona por ele, mas ele acaba por se encantar por uma jovem que achou que o tivesse salvo. Ela então busca a Bruxa dos Mares, que faz um feitiço para que ela se transformasse em humana em troca de sua língua e a avisa que se ela conseguisse fazer com que o Príncipe se apaixonasse por ela, a jovem viraria humana para sempre e ganharia uma alma imortal. Porém, caso o jovem não se apaixone por ela até uma certa data, a princesa viraria espuma do mar e desapareceria para sempre.

O final da história se difere muito da versão da Disney. O príncipe encontra novamente a jovem que ele julgava tê-lo ajudado no dia do naufrágio e se casa com ela, fadando a protagonista a virar espuma do mar. As irmãs da jovem, ao ficarem sabendo da situação, buscam a bruxa e oferecem a ela seus cabelos em troca de algo que pudesse salvar a irmã de seu trágico destino. Elas recebem uma faca que é entregue à jovem princesa e explicam que se ela enfiasse a faca no coração do príncipe, estaria livre do trato com a bruxa. A protagonista não consegue matar seu amado e arremessa a faca no mar, jogando-se em seguida, desaparecendo entre as ondas.

Os pontos de luxúria nesse conto, segundo Cashdan, são encontrados de várias formas. No desejo que aflora na pequena sereia quando salva o jovem, beijando-o, ou quando a presença das pernas torna-se imprenscindível para que ela pudesse seduzir o príncipe, no momento que a bruxa rouba sua voz e diz que ainda lhe restava seu belo corpo para fazer com que o príncipe se apaixonasse, dentre outras. As motivações da princesa desde o início são movidas pela paixão que ela gestou por anos até que pudesse ir até a superfície.

Sheldon Cashdan diz que a versão de Andersen não pode ser encaixada como conto de fada uma vez que não tem final feliz e a bruxa não morre ou tem sua punição.


O Pé de Zimbro e a Avareza

“O avarento renega aos próprios desejos e necessidades para ter apenas uma possibilidade de gozar do fato de poder possuir um pouco mais de dinheiro em suas economias.”

Como em muitos contos de fadas, a mãe biológica está ausente. Nesse a mãe falece após dar a luz à criança que ela e seu marido tanto desejavam e ele a enterra debaixo do pé de zimbro, como ela havia pedido. O homem então casa-se novamente e tem outra criança com a nova esposa, ganaciosa, que não queria que a filha tivesse que dividir herança com o irmão mais velho. A madrasta, em um acesso subto de ódio em relação ao menino, fecha a arca de maçãs na cabeça dele o decaptando, faz picadinho do menino e prepara um ensopado que serve ao marido quando ele retorna do trabalho. A pequena Marlene, aos prantos, enterra os restos do irmão debaixo do pé de zimbro. A árvore começa a se agitar, uma chama surge entre seus galhos e dessa chama aparece uma bela ave. Ao final da hi´stória, a ave leva para a casa 3 presentes: um cordão de ouro que entrega ao pai, um par de sapatos vermelhos que entrega para Marlene e uma mó de moinho que joga sobre a cabeça da mulher avarenta. Uma chama se forma novamente no pé de zimbro e o menino está de volta, unindo-se com sua família para um final feliz sem a madrasta.

As ações da mulher são visivelmente motivadas pela ganância, que a faz perder a cabeça e matar o enteado para que a herança fosse somente para sua filha e ela. A madrasta novamente aparece como o elemente que representa a bruxa e a árvore como a parte mágica e boa que intervém para que a história tenha um desfecho feliz.


Branca de Neve e a Vaidade

“A vaidade é mais utilizada também hoje para estética, visual e aparência da própria pessoa. A imagem de uma pessoa vaidosa estará geralmente em frente a um espelho, a exemplo de Narciso.”

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A madrasta de Branca de Neve é conhecida por seu espelho mágico e os diálogos que mantém com ele, movidos pelo desejo de que ela sempre fosse dita como a mais bela do reino. Quando o espelho lhe responde que sua enteada havia se tornado a mais bela do reino, tomada pela raiva, a rainha manda que um caçador leve a jovem para a floresta, mate-a e leve seu coração em uma caixa como prova de que o trabalho foi cumprido. O caçador, não tendo coragem de matar a bela Branca de Neve, deixa que ela fuja e leva o coração de um pequeno veado à mulher, que o salga, cozinha e devora.

A história da Branca de Neve, independente de sua versão, tem sua trama movida pela vaidade e aparências. Segundo Cashdan, o caçador não mata a princesa por ela ser “pequena e bela” e a princesa também é afetada pela vaidade, no momento que permite que uma senhora estranha, que lhe oferece um laço de fita, entre na casa dos anões.  Por mais bela que ela já fosse, ainda desejava ficar mais bonita.